Visualizações de página do mês passado

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estudo comprova que celular não aumenta risco de câncer, mas pode causar alergias


Imagem: meramente ilustrativa

Agora é oficial: o uso de celulares não aumenta o risco do usuário desenvolver câncer no cérebro. O novo capítulo dessa polêmica, que é uma das maiores discussões envolvendo esse tipo de aparelho, é um estudo publicado na Dinamarca que, durante 15 anos, estudou a saúde de clientes de uma operadora local.

A pesquisa é uma parceria entre o Institute of Cancer Epidemiology a Danish Cancer Society e a International Agency for Research on Cancer (IARC). Foram pesquisadas 358.403 pessoas, das quais 10.729 apresentaram tumores depois de 15 anos de acompanhamento – 5.111 homens e 5.618 mulheres, que corresponde ao número médio de pacientes que desenvolvem a doença normalmente.

Durante vários anos, os institutos coletaram dados pessoais para amostragem, assim como o desenvolvimento ou não de tumores. A conclusão foi que não há nenhuma ligação entre o uso do aparelho e o câncer foi detectada. O estudo completo pode ser acessado aqui.

Mas há algumas brechas na pesquisa: o estudo só leva em conta adultos que começaram a usar o celular depois da adolescência – e se a doença desenvolver-se durante esse período, portanto, ainda não há uma conclusão concreta. Além disso, ainda pode haver a formação de um tumor após os 15 anos de uso, já que o experimento limitou-se a esse período de tempo.
Mas por outro lado nos últimos anos, dermatologistas têm visto um número pequeno, mas crescente, de pessoas com irritações e coceira ao longo da linha do maxilar, rosto e orelhas, que desaparecem quando o uso do celular é descontinuado.
O estudo sugere que a razão para isso é uma alergia a metais presentes nos aparelhos, em muitos casos níquel.

Nos Estados Unidos, a alergia a níquel acomete cerca de 3% dos homens e quase 20% das mulheres. As mulheres possuem maior tendência a sofrerem dessa alergia porque muitas vezes desenvolvem sensibilidade ao metal devido ao uso de brincos e bijuterias, disse o Dr. Clifford W. Bassett, alergista de Nova York, membro do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia, e que trata dessa condição.

Não está claro quantas pessoas desenvolvem reações
alérgicas a seus aparelhos celulares. Porém, a literatura médica está cheia de estudos de caso. Num caso típico, descrito por pesquisadores da Brown University e publicado no jornal CMAJ em 2008, um paciente de 18 anos desenvolveu uma irritação estranha no lado direito do rosto. Quando o teste de detecção de níquel no fone de ouvido do celular dele deu positivo, ele trocou o telefone por outro livre do metal, e a irritação passou.

Os pesquisadores mais tarde testaram 22 modelos populares de aparelhos celulares. Foi encontrado níquel em dez deles, a maioria em fones de ouvido e botões do menu.
Se você suspeita ser alérgico a metal, um teste realizado no consultório de um especialista em alergias pode oferecer a confirmação, disse Bassett. Um simples teste com uma pequena amostra pode revelar a presença de níquel no celular ou outro produto.

Nenhum comentário: