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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O avião tripulado mais rápido do mundo


O avião mais rápido do mundo é o SR-71 Blackbird. Neste artigo vamos mostrar alguns pormenores da aeronave tripulada mais rápida do mundo, um super avião de reconhecimento que atinge velocidades supersónicas!

Um pouco de história do SR-71 Blackbird
O avião mais rápido do mundo, o SR-71 Blackbird, foi criado pela Lockheed Skunk, como sendo um projecto secreto. Este avião foi concebido com dois objectivos principais: com o objectivo de vigilância e o de reconhecimento estratégico, daí as iniciais SR - Strategic Reconnaissance. Quando em operação, o SR-71 tinha a capacidade de vigiar a incrível superfície de 270 mil km² numa hora, conseguindo, por exemplo, vigiar a China, Cuba ou a Coreia do Norte sem entrar no seu espaço aéreo.

O seu primeiro voo realizou-se em 22 de Dezembro de 1964 e foi retirado de serviço em 1998, não voltando a ser activado, principalmente devido ao seu elevado custo operacional e também por razões políticas.

Números do SR-71 Blackbird
Este magnífico avião consegue atingir a velocidade supersónica de 3540km/h, ou seja, Mach 3,2, que é mais do que três vezes a velocidade do som! Esta avião é detentor de vários recordes mundiais, tanto de altura como de velocidade, ficando gravado para a história como a última aeronave tripulada que consegue voar a uma velocidade superior a Mach 3.2. O Blackbird era tão rápido e voava tão alto que era capaz de “fugir” a um míssil terra-ar, apenas acelerando e deixando o míssil para trás.

Esta aeronave ficou com o recorde de conseguir fazer 3869 quilómetros, em apenas 1 hora, 4 minutos e 20 segundos, quando viajou da costa Oeste até à Costa Leste Americana.

O Blackbird tinha uma autonomia de 5400 quilómetros, e conseguia atingir uma altitude máxima de 26 quilómetros! Esta aeronave pesava cerca de 30 toneladas, tinha um comprimento de 32,74 metros e uma envergadura de 16,94 metros.



Tecnologia do SR-71 Blackbird
O SR-71 Blackbird foi um dos primeiros aviões a adoptar motores ramjet, tecnologia esta que foi depois adaptada aos aviões hipersónicos mais recentes. A tecnologia ramjet consegue proporcionar a potência suficiente para alcançar velocidades supersónicas. Os seus motores Pratt & Whitney J58 eram dois motores turbojacto híbridos de purga contínua e pós-combustão, cada um com a capacidade de quase 15 toneladas de impulso e que chegavam a atingir 400 graus centígrados de temperatura. Os motores híbridos têm a capacidade de funcionar como turbojacto a velocidades inferiores e a velocidades elevadas como ramjet.
Para conseguir suportar velocidades supersónicas, a fuselagem do SR-71 era constituída por 85% de titânio e por outros materiais compostos. As compressões a que a aeronave era sujeita, faziam com que a sua fuselagem aquecesse, tornando-a mais resistente e melhorando as suas propriedades mecânicas, devido a este tipo de “tratamento de calor”.

Apesar de toda a sua tecnologia, o Blackbird SR-71 é detectável nos radares, devido ao enorme fluxo de escape dos seus motores.

A potência e capacidades surpreendentes deste avião já foram ultrapassadas por aeronaves mais recentes e evoluídas, com motores mais desenvolvidos e potentes, permitindo velocidades hipersónicas muito superiores.

Como curiosidade, o recorde actual de velocidade hipersónica dos dias de hoje é de Mach 9,8, cerca de 12 mil km/h, mas em aeronaves não tripuladas.



No Blackbird eram dois os tripulantes que controlavam este poderoso avião. Um na parte frontal, que pilotava e controlava os comandos principais do aeronave e outro mais atrás que controlava os sistemas da mesma. Abaixo dos 7295 metros o cockpit podia ser pressurizado. Acima desta altitude e a velocidades superiores, os dois tripulantes usavam fatos totalmente pressurizados, muito semelhantes aos usados pelos astronautas. Aliás, estes fatos, por serem tão evoluídos tecnologicamente, foram mais tarde adaptados para serem usados no programa do vaivém espacial da NASA.
Fonte:tecnologiadoglobo

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